LUZ AZUL: PRINCIPAIS RISCOS PARA A SAÚDE E O QUE FAZER
Usar o celular à noite, antes de dormir, pode causar insônia e diminuir a qualidade do sono, e ainda aumentar as chances de depressão ou de pressão alta. Isso acontece porque a luz emitida pelos aparelhos eletrônicos é azul, o que estimula o cérebro a permanecer mais tempo ativo, afastando o sono e desregulando o ciclo biológico de sono-vigília.
Além disso, vários estudos comprovam que a luz azul também pode acelerar o envelhecimento da pele e estimular a pigmentação, sobretudo em peles mais escuras.
Mas não é só o celular que emite essa luz azulada que prejudica o sono, qualquer tela eletrônica tem esse mesmo efeito, como a TV, o tablet, o computador, e até mesmo as luzes fluorescentes que não são adequadas para dentro de casa. Assim, o ideal é que as telas não sejam usadas antes de ir dormir, ou por pelo menos 30 minutos antes de ir dormir e é aconselhado também proteger a pele ao longo do dia.
O principal risco do uso das telas eletrônicas antes de dormir está relacionada com a dificuldade para pegar no sono. Assim, este tipo de luz pode ser capaz de afetar o ciclo natural do ser humano, o que, a longo prazo, pode resultar em um maior risco de desenvolver problemas de saúde, como diabetes, obesidade, depressão, pressão alta ou arritmia.
Quase todas as cores de luz conseguem afetar o sono, pois fazem com que exista diminuição da produção de melatonina, que é o hormônio responsável por ajudar a pegar no sono durante a noite. Porém, a luz azul, que é produzida por quase todos os aparelhos eletrônicos, parece ter um comprimento de onda que afeta mais a produção deste hormônio, reduzindo sua quantidade por até 3 horas após a exposição.
Dessa forma, pessoas que ficam expostas à luz de aparelhos eletrônicos até poucos momentos antes de dormir, podem ter níveis inferiores de melatonina, o que pode causar dificuldade para pegar no sono e, ainda, dificuldade para manter um sono de qualidade.
A exposição frequente à luz azul pode causar maior cansaço nos olhos, já que é mais difícil focar com a luz azul e, por isso, os olhos precisam estar constantemente se adaptando. Assim, devido à vista cansada, é possível também sentir dor no olho, vermelhidão, lacrimejamento e coceira, por exemplo.
A luz azul contribui para o envelhecimento da pele porque penetra profundamente em todas as camadas, provocando a oxidação dos lípidos, levando consequentemente à liberação de radicais livres, que danificam as células da pele.
Além disso, a luz azul também contribui para a degradação das enzimas da pele, o que resulta na destruição das fibras de colágeno e na redução de produção de colágeno, tornando a pele mais envelhecida, desidratada e com propensão para a pigmentação, levando ao aparecimento de manchas, principalmente em pessoas com a pele mais escura.
Para evitar os riscos da luz azul, é recomendado ter alguns cuidados como
— Instalar aplicativos no celular que permitem que a luminosidade seja alterada do azul para o amarelo ou alaranjado;
— Evitar o uso de aparelhos eletrônicos até 2 ou 3 horas antes de dormir;
— Preferir luzes amarelas quentes ou avermelhadas para iluminar a casa durante a noite;
— Utilizar óculos que bloqueiam a luz azul;
— Colocar um protetor de tela no celular e no tablet, que proteja da luz azul;
— Usar proteção no rosto que proteja da luz azul, e que tenha antioxidantes na composição, que neutralizam os radicais livres.
Além disso, também é recomendado reduzir a utilização destes dispositivos, principalmente cerca de 30 minutos antes de dormir.