Queimadas: governo precisa "sair do discurso e começar a agir", diz especialista
Para o secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, esforços ainda são "pequenos e atrasados"
Em meio à crise climática e avanço das queimadas pelo Brasil, o secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, afirmou, em entrevista à Rádio Eldorado, que é preciso que medidas mais agressivas e urgentes sejam tomadas para evitar que as consequências da destruição do meio ambiente se tornem ainda mais intensas e severas.
Para Astrini, apesar dos avanços, os esforços ainda são pequenos e atrasados. O especialista diz que os governantes precisam "sair do discurso e começar a agir".
A principal forma de combate citada por Astrini é o endurecimento das penas contra crimes ambientais, principalmente aqueles ligados aos incêndios. Especialistas dizem que a maioria das queimadas que se alastram pelo Brasil são criminosas — e não por descarga elétrica, como acontece em outros países.
— Hoje a pessoa não é pega. E, se é pega, toma uma multa e não paga. Ela dá uma cesta básica e sai pela porta da frente. Então, esse crime fica totalmente impune — diz Astrini.
Estadão Conteúdo/Isabela Moya—15/09/2024